terça-feira, 22 de junho de 2010

Soldado Urbano

um soldado sem patente,
sem uma regra moral,
sem amor à quem pertence,
sem sonho ideal.

que um lírio perfumado arrancou,
de campos minados, sem senhor.

Suas historias de batalha
enchem os olhos de lagrimas quentes,
que escorrem navalha, no pulso,
puro sangue de gente

que pensa que o fim é logo ali,
e o paraíso: eu menti.

Se afaste da faca, se afaste da forca,
se afoito se parte, não deixa escolha.
se a noite caiu, se farte de tudo,
que houver no mundo.

sem um tiro que esquente
os pensamentos em profusão,
sem um coração que sente
aquela velha ilusão

que de velha se esqueceu que era a verdade,
que aquece os sonhos de quem dorme na cidade.

um soldado impotente,
sem um rifle mortal,
sem força aparente,
mas que cre vai conseguir

pois sabe que o fim é logo ali,
naqueles campos minados, de quem dorme na cidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário