quarta-feira, 2 de junho de 2010

ideologistica

Ainda que meus pés não toquem o chão
mesmo que meus dedos não se arrisquem
ainda que minhas lágrimas se sequem
mesmo que minha voz rouca se cale

grito com toda a minha força
choro todo o rio do meu corpo
raspo meus dedos no asfalto quente
corro sem pensar e sem respirar

se vou atrás de um sonho qualquer
se quero um dia não me esquecer
minhas raízes, minhas unhas sujas
o gosto da terra molhada
o cheiro da chuva caindo

Não sei quem eu sou
mas nunca me esqueço de quem eu quero ser

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