sábado, 29 de maio de 2010

Psicho de Lia

Lia olhava os lírios,
lia muito, sem parar,
era coelho, com pressa,
passando sem cumprimentar,
de vez enquando consulta
o relógio e sorri.
Lia sabe que ali
mora um bom coração,
quem me dera ser como Lia,
reconhecer a feição,
conhecer tudo e todos.
E no jogo excessao,
Lia era a favorita,
Jogavam tres de cada lado,
-esses são excessão-
o juiz jogava sentado.
Era muito escuro pra ver
o que Lia fazia,
mas dava pra entender,
que a vida era vazia.
O pote sem nada era cheio
de ar fresco e feliz,
vaLia, pra longe daqui,
valia quinhentos dólares,
no antiquario da esquina,
porque, menina, sorri?
Só lê anuncios da TV,
Lia não pode ser feliz.
Lia não sabe escrever.

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