terça-feira, 10 de agosto de 2010

um riso perdido

Dedos que se calam
a nota nem nota que não é notada
nada se toca senão a vida
nem mais existe o tom do som
um violão desafinado
cordas quase rachadas
sorte quase perdida
sonhos quase matados
a morte em meus ouvidos toca
a musica que morre
o som que deixa de existir
o desespero que se cala
deixo de esperar e espero
canso de sentir-me no espelho
minha barba por fazer já é desleixo
meu rosto se esconde
não mais aqui fico
nem sei aonde
nem as pernas estico
não ando e corro
não canso e morro
meu suor é meu próprio sangue
de olhos fechados
sem perceber
de meus poros brotam uma lágrima doce

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