quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bem-do-século

Era dia e a aurora a sorrir
Deixava vontades
Vontade de ir
Para a nova vida que nasceu
E sei que eras tu que cantavas
Aquele que era o sonho meu.
E então partíamos
A correr
Sem em nenhum momento saber
Qual a estrada do juízo.
O certo é que eu tinha e tenho
tudo que preciso.
E, junto de nós,
Com multidão ou a sós
Corre a vida
Cheia de prós.
O belo é tentarmos manter
Aquilo que queremos ser
Dos sorrisos puros
Aos beijos e abraços
Em nossa pele quente e fria
Com ou sem harmonia
O que importa é ouvir a melodia
Das folhas, dos ventos
De nossos próprios tormentos
Dissolvidos em gargalhadas
A melodia que fazemos
Instante após instante
Em nossa crença de que a luz
Estará perto
Mesmo que distante.
E a saudade só faz cócegas
Alardeando novas eras
Em que continuarás
A ser quem tu eras
Em que, de mãos dadas,
Crendo em gnomos e fadas
Pularemos a alardear
O bem que é viver
O bem que é amar
Talvez até chorar...
Apenas de puro prazer.
Oh, Toninho Álvares!
Parente de dia e mês...
Mostraremos como, além
das desventuras,
podem ser eternas também
as aventuras!
E que bom seria se viesses
a sorrir outra vez!
E conosco cantar,
em suas doces poesias,
as belezas da insensatez.
Abarcar a vida
louca e não sofrida...
E viver após viver.

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