segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Para a casa, a última lona

Deixo que caia
O único pranto que salva
Ao menos do ódio
O pobre coração

Cada lágrima de dor
Cada centavo de amor
Gasto com um sonho
Se perdem na ingratidão

Como pode haver tanta maldade
em um ser?
Como pode alguém só querer
causar desprazer?

Ouço que era uma brincadeira
De jovens sem o que fazer
Mas para mim isso é besteira
Não pretendo entender

O que sei é que foi abaixo
Um lar sonhado por meses
Destruído todo um esforço
Suado e sofrido por vezes

Vejo apagada a esperança
Nos jovens olhos de mel
De quem trabalha desde criança
E só tem sentido o fel.

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