terça-feira, 3 de agosto de 2010

Durmo o medo meu

sopro que nem resfria nem me aquece
morre na pele o tato sem sentido
sem gelo seco nem fogo ardente
sem agonia nem bater de dentes

Fala calada que ouço o inaudito
Riso cantado sem nota nem tom
Por um sussurro grito por dentro
num respirar sinto alivio bom

Canto num canto sem voz
Sem vez aquieto-me só
Medo meu de um sono profundo
de num canto não mais me ouvir cantar

Nenhum comentário:

Postar um comentário