segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Falso poeta

um poeta de pobre vernáculo
que copia da falsa cópia
apenas obras de nunca óperas
nunca cantadas nem deleitadas
nunca sentidas, nunca choradas

Pobre do falso poeta
que é cópia do falso veneno
que nunca intimida nem ama
não faz amor nem por deleite
não ama, não mata

Sofrimento derramado
espalhado sem pudor ou dor
sem fluência nem boas lágrimas
nem arrepia, não delicia

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