segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Janela de guilhotina

O silêncio me pressiona os ouvidos
É verdade que os sonhos estão próximos
Mas não os vejo nesse reino vazio.
Como que jogada no branco
Vejo luz, mas não definição
Vejo paz, mas não meu coração.
Deixei que se cruzassem as estradas erradas
Não passei pelos atalhos
Mas também perdi a longa caminhada
Para o sol ou para a chuva
A vista clara ou mesmo turva
Sei que os sonhos se abrirão
Após essa janela de meu coração
Apenas um salto e estarei do outro lado
Onde a mata é mais verde
E as flores mais sãs
Onde as fantasias são reais
E as pessoas mais irmãs
Mas algo me prende aqui
Hábito do meio caminho
Não sei onde devo estar.
Em cima da janela,
Olho para fora
Olho para dentro
Fecho os olhos, respiro
Meu santo tormento.
Círculos.
Ando e ando no mesmo lugar.
Desça logo, janela,
defina onde devo ficar.

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