domingo, 12 de setembro de 2010

Devagarções

Amarras juntando as mãos
firmemente no laço,
passa o tempo e então
me fazem esquecer que o abraço
nasce de dentro, e não
do braço, do beijo e da dor.
Cada espaço que ocupo,
nada mais é do que cor.

Nado, mas nada de praia.
Às vezes penso que a falha
está em nadar demais.
Outras acho que o erro
está em ouvir sempre os pais.

Amanhã já é outro dia,
outra ideia e outro ideal,
não farei mais o que faria
verder-me-ia para o mal,
o caminho sempre largo,
amargo, escuro e teatral.


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