quarta-feira, 22 de setembro de 2010

desAtino

Não sei por que a lua controla as marés
Não sei por que tenho a gravidade aos meus pés

Se a história certa é a que sinto
E sou covarde o bastante pra esconder
Qual o texto em que minto
Tudo em que há para crer?

Não sei por que o sono não deixa que eu durma
Não sei por que me sinto só mesmo em turma

Se a natureza acompanha e guia
E me lembra da Força em meu eu
Por que não vem do vento a energia
E preciso também do mundo teu?

Não sei o que estou a fazer
Não basta ser eu pra entender.

Se a verdade foi aquela que escrevi
E a mentira tudo aquilo que não disse
Onde está a fala que perdi?
Viva em minha própria quixotice?

2 comentários:

  1. li quatro vezes... e só da quarta compreendi alguma coisa do que esse poema queria me dizer.
    "Por que não vem do vento a energia
    E preciso também do mundo teu?"

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  2. Hum...Sei como é. Este poema foi escrito sob efeito de uma grande turbulência emocional e pensei bem mais que quatro vezes antes de postá-lo, ficou mais subjetivo que o habitual. Mas resolvi que faria algum sentido, se o título tivesse "desatino" como uma das interpretações...

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