quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vejo oculto o broto de fel
amargo e mudo sou peso em pesar
quase que morto não caio pro céu
Podre e inquieto sem muito odor
quase sincero não posso chorar
negra visão com límpido labor
sonho que sonho sem dormir
a noite que me queima a visão
sofro com forte indignação
triste, não consigo sorrir
o sol há de me queimar
o fel não vai me amargurar
sou o amargo das papilas
sou minha própria sofreguidão
vivo à beira da minha própria lápide

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