segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ícone Icógnito

Quiseram os deuses antes,
adorar a nós, humanos,
Dourados e Intocáveis
troféis da criação,
que pelo seu tratamento
vai se envaidecendo então.
Que se passa pela cabeça,
pra se pensar que não,
a nada que aconteça,
perderá seu posto magno?
E o deus do trovão,
já até perdeu o gosto
de mandar, tudo em vão,
deletério tão insosso,
maltratar a mente humana.
E essa, pueril, insana,
se corrompe por ilusão,
vende o peixe, vende a alma,
troça sua fé como um grão,
perde o senso, perde a calma,
só não perde a admiração
pelo que ainda não conhece.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Estou numa fase de completo não entendimento.
    Resolvi me curar pelo mais difícil, entender poesia
    Fracassei.
    E se eu corresse até meu blog para me exorcizar
    Faria pior; e com mais linhas incompreensíveis.
    Ninguém tem tempo para me explicar
    Nem mesmo o meu amor
    Então evoco as palavras mágicas
    Que farão minha aparente ignorância desaparecer
    "Bela escrita"
    E assim ficamos todos bem

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  3. Mestre Digis, acredito que um dos maiores valores da poesia seja essa dificuldade em ser interpretada...faz de cada uma um mistério. São mágicas por não serem plenamente explicáveis, de forma racional. O melhor jeito de entender a poesia é vivê-la, senti-la. Penso o mesmo sobre seu amor. Não é explicável. Só é perfeito. Ao lermos, será que vemos o que um autor escreveu ou só lemos nossos próprios versos, nossa própria vida, nossa própria música? Interpretamos através do que já conhecemos ou percebemos um novo mundo? E seria um novo mundo do eu-lírico ou um novo mundo como o enxergamos?
    *Que sejamos sempre ignorantes, para que possamos sempre enxergar uma nova faceta em cada leitura, em cada linha, em cada nova pose das palavras... "E assim ficamos todos bem"...por algum tempo. Porque as palavras são instáveis, como o amor e como a vida. Talvez sejam todos poesia.

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  4. A unica vez que alguem escreveu algo que me deu agua nos olhos... espero que esta dissertação sobre a poesia vire um texto, luma.

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