terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Que sempre dê frutos"

Prossiga verde, figueira
Não irá se desmanchar
Não é sua a culpa
De com as estações mudar

Está aí uma parábola
Que não posso interpretar
Por que mais um fruto é proibido?
Não bastava esperar?

Os frutos virão, tão certos quanto o dia
E se a noite se prostrar eterna
Ainda haverá o frescor
E a paisagem de alegria

Não seque porque lhe ordenam
Nem todos os frutos servirão ao corpo
Mas ainda podem engrandecer a alma

Figos, figurem-se eternos
Mesmo em sua lembrança
Se até se movem as montanhas
Por que não figos como herança?

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